1. |
Corvos Que Esvoaçam
03:01
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Corvos passam, gritando…
No vale, obliterado por séculos de tormentos
Sorvo de ti os meus lamentos
Bebo da fonte de sabedoria
Um facho ao longe ilumina
A floresta ébria de fuligem
Isto fascina-me
O lúgubre sabor da melancolia
A agreste dor da revolta
A sede ilumina corvos que esvoaçam
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2. |
Terra, Lua e Submundo
04:10
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Noite dentro
Lua cheia
Vento forte
Enebriante
Tochas acendem-se
Fogueiras rituais
Danças embriagadas
Delírios animais
Divindades retornam
Em magia primordial
Pactos reforçados
Os caminhos do submundo serão retomados
Noite dentro
Lua cheia
Vento forte
Enebriante
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3. |
Cinzas da Sabedoria
04:49
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Edifício majestoso, casa da sabedoria
As suas salas obscuras guardavam
Atrás dos muros de Alexandria
Quanto conhecimento destruído, obliterado
Quantos ideais o pó das cinzas terá levado
Quanta falta farão as palavras perdidas
Na fúria dos ignorantes imoladas, destruídas
O ouroborus do destino repousa nas suas ruínas
Há dois mil anos imoladas
Cinzas da sabedoria
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4. |
Deserto
06:28
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Hostil força da natureza na qual se busca a certeza
Vil deserto, vil
Dos ventos que te precorrem
Em ti busco refúgio
No teu âmago, vazio
Sem rios serpenteantes
Ou vagens luxuriantes
Árido, seco
Poeira no ar
Ao longe, um oásis se transforma
Num vórtice, espiral de vento animal
De mil ecos anciãos
Cultos pagãos
Servos de ninguém
Apenas poeira resta
E até a dura giesta
tambem ela pereceu
Deserto!
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5. |
Em Lucefécit
04:00
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Malogrado nome, heresia infame
Eternos segredos profanos
Mistérios encerrados nos teus vales
No calor de uma terra inóspita
O ancião Endovélico
Repousa, no submundo
E vem ao chamamento
Nas tuas margens, morada e altar
Lucefécit, ribeira sagrada, deserto
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6. |
Visões no Deambulatório
05:28
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Velas iluminam a noite escura
Ermida em terra de ninguém
As paredes equiláteras amuralhadas
Escondem velhas lendas contadas
Por anciãs que balbuceiam
Palavras em dialetos esquecidos
No ocre enegrecido
Dde um deserto sem fim
Opulentas figuras que repousam
No entoar dos séculos
Que vão esquecendo e enegrecendo
Naquela ermida
Amuralhada, na raia plantada
Epifania revelada
Visões no deambulatório
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7. |
Mistérios da Ordem
04:32
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Ao raiar do sol entrar pela porta esquerda
Ali repousa a nave octogonal
Fortificação secular, torre amuralhada
No topo da colina isolada
Dominadora da paisagem
Em que há séculos paira perpétua aura de mistério
Obcessão por secretos actos esotéricos
Escavados, reencontrados no monte do templo
Morada de Salomão
Conquistado em calamidade
Um portal para o desconhecido
Nas profundas catacumbas onde as reliquias repousam
Ainda hoje, séculos volvidos
As torres de menagem repousam
Símbolos de um império
Perdido na penumbra
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8. |
A Chegada da Peste Negra
04:40
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Silenciosa, no meio dos ratos
A sombra mais negra
Da idade das trevas chegou
Espalhando-se pela imundice
Que o fanatismo provocou
Como um presságio entregue
A peste negra dizimou
A morte bate à porta de cada casa
A peste negra está a chegar
A peste negra está a chegar
A chegar...
A sombra mais negra
Da idade das trevas chegou
E tudo e todos dizimou
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Grievance Caldas Da Rainha, Portugal
Portuguese Black Metal Band founded in 1997. Started as a two-piece, later in 2011 became the solo project of Koraxid. Since 2017 the band also counts with 4 extra live members.
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